quarta-feira, 3 de julho de 2013

Prebióticos, Probióticos e Simbióticos


Probióticos X Antibióticos


O post de hoje não é sobre você, é sobre elas! Ok, a saúde delas é muito importante para a sua saúde também. Não está entendendo nada? Tudo bem, eu explico.

Acredite, você tem mais bactérias vivendo em você do que células do seu próprio corpo! O ser humano tem, em média, 10 trilhões de células, e o número de bactérias vivendo no nosso intestino é aproximadamente 100 trilhões! Este número pode representar até 4 kg do nosso peso.

Quando pensamos em bactérias, geralmente pensamos em sujeira, doenças, mas essas bactérias que habitam nosso sistema digestório, principalmente o intestino grosso, são muito importantes para nós. Elas compõem a chamada microbiota (flora intestinal).

O contato com essas bactérias se dá no parto e/ou após o parto e a composição varia de pessoa para pessoa e depende da sua alimentação e estilo de vida, como por exemplo consumo de antibióticos. Nosso sistema imunológico, capaz de eliminar células e materiais estranhos ao organismo, de um modo não muito bem esclarecido reconhece estas bactérias benéficas e permite que elas se instalem e colonizem nosso intestino.

Em destaque: intestino grosso

Estudos mostram que a manutenção de uma microbiota saudável está relacionada a uma série de benefícios, como auxílio do funcionamento do sistema imunológico, redução de alergias, redução de algumas doenças intestinais e diarreias, prevenção de câncer, redução do colesterol e bom funcionamento do intestino.

Além de uma alimentação saudável, colorida, saborosa, variada, acessível, como já discutimos diversas vezes aqui no blog, podemos obter estes benefícios consumindo prebióticos e probióticos diariamente.

PREBIÓTICOS


São substâncias que, quando ingeridas, não são digeridas e também não são absorvidas pelo intestino delgado e, quando atingem o intestino grosso, servem de alimento para as bactérias da microbiota intestinal, trazendo benefícios ao homem.

Estas substâncias são carboidratos (fibras alimentares solúveis) e, as mais conhecidas e utilizadas para este fim são a inulina e os frutooligossacarídeos (FOS).

Essas fibras são fermentadas pelas bactérias intestinais e os produtos desta fermentação são utilizados para a nutrição das células do nosso intestino, mantendo-o saudável e íntegro.

As fontes naturais de prebióticos são as frutas, verduras, legumes e féculas. Os principais alimentos fontes de frutooligossacarídeos (FOS) são trigo, cebola, banana, alcachofra, alho e raízes de chicória.

alcachofra

Estas substâncias também podem ser adicionadas a produtos industrializados para fins alimentícios, como iogurtes e cremes vegetais. A informação sobre a adição de prebióticos nestes alimentos deve estar contida no rótulo.

PROBIÓTICOS

 
São definidos como ingestão de microorganismos vivos administrados em quantidade adequada que afetam beneficamente o homem por melhorar o equilíbrio de sua microbiota intestinal.

Além disso, as bactérias devem ser de origem humana, não devem ser capazes de causar doença, devem resistir ao processamento e a digestão, devem chegar vivas ao intestino e conseguir se fixar lá.

Os probióticos mais conhecidos são os Lactobacillus e as Bifidobacterium. Por competição, estas bactérias inibem o crescimento de microorganismos causadoras de doença, estimulam o sistema imunológico local e reduzem infecções.

Estes produtos são encontrados à venda na forma de sachês (pó), cápsulas ou alimentos e/ou bebidas como as bebidas lácteas, sobremesas lácteas, iogurtes, queijos, kefir.




kefir

SIMBIÓTICOS

São produtos nos quais foram adicionados tanto um prebiótico quanto um probiótico, como por exemplo uma bebida láctea probiótica (com microorganismos) adicionado de frutoologossacarídeo (FOS).

Essa combinação pode favorecer uma adaptação do microorganismo ao tipo de alimento (fibra alimentar) antes mesmo do consumo deste produto pelo homem.






É importante salientar que, para obter os efeitos benéficos apresentados, é necessário incorporar estes produtos no contexto de uma dieta saudável e fazer disto um hábito.

Não tenho conflito de interesses. Os produtos foram aleatoriamente selecionados para melhor esclarecimento.

Referências:

1. Morais MB, Jacob CMA. O papel dos probióticos e prebióticos na prática pediátrica. J. Pediatr. (Rio J.) [periódico na Internet]. 2006 [acesso em 2013 Jul 1];82(5 Suppl 0):S189-197. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v82n5s0/v82n5s0a09.pdf.

2. Food And Agriculture Organization Of The United Nations; World Health Organization (FAO/WHO). Evaluation of health and nutritional properties of probiotics in food including powder milk with live lactic acid bacteria [Internet]. Córdoba, 2001 Oct [acesso em 2013 Jul 1];34p. Disponível em: http://www.who.int/foodsafety/publications/fs_management/en/probiotics.pdf.

3. Komatsu TR, Buriti FCA, Saad SMI. Inovação, persistência e criatividade superando barreiras no desenvolvimento de alimentos probióticos. Rev Bras de Ciênc Farmac [periódico na Internet]. 2008 Sep [acesso em 2013 Jul 1];44(3):329-347. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n3/a03v44n3.pdf.

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