quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Comendo fora de casa: E agora? Cantina Italiana




“Eu tento me alimentar bem, comer tudo certinho, mas sempre tem alguém que me chama, no meio da semana, pra comer fora, e o pior, num restaurante italiano!”.

A carapuça serviu? Calma... Só tenho boas notícias. Em primeiro lugar, você devia ficar feliz por ter pessoas ao seu redor que gostariam de compartilhar uma refeição gostosa e jogar conversa fora com você! Já falei aqui que comida não serve única e exclusivamente para nutrir o corpo.

Além disso, não podemos categorizar os alimentos como “bons” ou “ruins”, pois o que importa é a quantidade e frequência que incluímos os alimentos no nosso dia a dia e, portanto, é completamente cabível no que entendemos por alimentação saudável comer uma lasanha aos 4 queijos quando temos vontade, ainda mais quando ir à cantina italiana não é um hábito.

De qualquer maneira, para quem tem o hábito ou a necessidade de comer constantemente fora de casa, para quem costuma frequentar restaurantes italianos ou simplesmente não está afim de comer lasanha aos 4 queijos, existem maneiras para não exagerar na dose.

1: A culinária italiana não se resume a macarrão, risoto e pizza!

E digo mais – a Itália localiza-se na região do mediterrâneo, conhecida pela abundância de alimentos como tomate, abobrinha, berinjela, alcachofra, pepino, pimentão, batata, uvas, pêssego, figo, gergelim, semente de girassol, grão de bico, cebola, alho, manjericão, azeitonas, salsa, hortelã, azeite de oliva, nozes, amêndoas, pistache, peixes, queijos, iogurtes...
 
Normalmente além de massas são servidos outros pratos combinando estes ingredientes de forma harmônica. O resultado são preparações coloridas, leves, nutritivas e saborosas.

Salada italiana


Salada Caprese



Sopa de legumes



Bruschetta



Barquinhos de abobrinha



Pescado


2: Ok, se você é daqueles que acha que a estrela da festa é a massa, vá de massa, mas dispense o couvert.

As massas costumam ser pratos únicos, bem servidos e são fonte de carboidratos. Geralmente o couvert tem pães, palitos de biscoitos, torradas e outras massas que também são fontes de carboidratos. Já desmitificamos a ideia de que carboidratos são “engordativos”, mas todo excesso de energia é acumulado em forma de gordura. Os carboidratos do prato principal costumam ter carboidratos mais do que suficientes.

Caso esteja com muita fome e deseje o couvert, deguste um pouco de cada preparação e dê preferência aos aperitivos desviando um pouco o foco dos pães.

Antepasto

Alcachofra

Antepasto

3: Pergunte ao garçom se a porção de massa é suficiente para uma pessoa ou se é muito grande, de maneira a servir 2 pessoas. Além de evitar o desperdício evita excessos. Não se sinta obrigado a comer tudo. É possível levar a sobra para casa ou doar para alguém.

4: Dê preferência ao molho vermelho (sugo), bolonhesa (com carne moída), com frutos do mar, cogumelos e vegetais. Evite as massas ao molho branco, na manteiga (al burro), 4 queijos e gratinadas.




Raviolli ao sugo



Talharim ao funghi

Espaguete com abobrinha e vegetais

Talharim com frutos do mar

5: Comida italiana combina muito bem com vinho. Mas não vá com muita sede ao pote, digo cálice...

Estudos apontam que tomar um cálice de vinho tinto por dia está associado a um efeito protetor para doenças cardiovasculares. Apesar disso não há um consenso entre os nutricionistas, uma vez que é complicado recomendar o consumo de bebidas alcoólicas. Etilismo ainda é um tabu e muitas pessoas podem omitir informações sobre o assunto.

Além disso bebidas alcoólicas são calóricas (o álcool fornece 7 Kcal/g) e devem ser consumidas com moderação.


6: Se depois de uma excelente refeição ainda sobrar espaço para a sobremesa, prefira as de fruta. Provar uma sobremesa típica também é uma boa pedida. Se a porção for grande, você pode dividir com alguém.

Frutas flambadas

Pêra cozida com chocolate

Tiramisù

Sorvete de pistache

Mangia che te fa bene!

Referência:

Wollin SD & Jones PJH. Alcohol, Red Wine and Cardiovascular Disease. The Journal of Nutrition 2001; 1401-04.

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