Como ter um "corpo de praia"? 1. Tenha um corpo 2. Vá à praia - (*beach body refere-se a um estereótipo de "corpo perfeito" ou "adequado" no contexto de ir à praia) |
Já estamos em dezembro! Sol,
calor, pouca roupa, biquíni, mar, piscina, picolé, camarão frito, férias,
viagem... E também tem o Natal, comida da mãe, da tia, da avó, panetone,
rabanada, peru, comida salgada misturada com doce que você não sabe se é doce
ou salgada mesmo... Ai, calma! Preciso emagrecer!
O verão 2013 só começa no final
de dezembro, mas todo ano é a mesma coisa – promessa de emagrecer no ano novo e
pânico com a aproximação do final do ano. É engraçado, parece até que as
pessoas só lembram que têm umbigo no verão!
Ah, mas nas academias o
“projeto verão” já está bombando! A moda deste ano não é mais a “barriga
negativa”, é a “bunda na nuca”... Oi?
E nós nutricionistas,
coitados, recebemos um monte de pedidos de dieta para emagrecer com saúde
(claro, com saúde), até o dia da viagem, que é no final do ano. Só se for no
final do ano que vem, porque emagrecer com saúde os quilos ganhados nos últimos
anos em 1 mês é impossível, não dá. A não ser que você acredite em Papai Noel...
E por que não funciona?
Porque começam errado! As pessoas não tem que emagrecer para o verão. Não tem
que emagrecer para entrar no biquíni, no vestido X ou para ir ao casamento.
Para emagrecer, qualquer dieta maluca funciona, porque estamos pressupondo um
período curto com data para começar e terminar. Depois da festa, do evento, do
verão, com o término do “contrato”, digamos assim, é certeza de que os velhos
hábitos e os quilos voltarão.
E outra, por que precisamos
emagrecer para o verão? Você será incapaz de curtir suas férias porque não tem
uma barriga chapada, coxas de passista de escola de samba ou braços do Johnny
Bravo? E não venham com a desculpa de que querem emagrecer para ser saudável
porque acabamos de ver que isto é impossível!
Existem muitas pessoas que
se beneficiam com uma perda de peso? Sim, sem dúvida. A perda de peso pode
refletir na diminuição da pressão arterial, reduzir problemas articulares,
apneia do sono... Mas estas pessoas provavelmente passam por acompanhamento médico
e nutricional e atingem estes objetivos com um tempo maior de acompanhamento e
com mudanças positivas nos hábitos alimentares e estilo de vida em geral. E
esta perda de peso não é para virar modelo, é uma perda de peso em torno de
10%...
A magreza hoje é tratada
erroneamente como sinônimo de saúde, sucesso e felicidade. A juventude também é
um pouco assim. Eu ainda não descobri quem inventou isso... Nessas horas penso
na minha avó: 73 anos, imigrante, rugas, cabelos brancos, nenhuma plástica,
eutrófica, mas sem bunda na nuca, nunca fez dieta (mas passou fome quando veio
e antes de vir para o Brasil), nunca foi executiva, dona de casa, cozinha muito
bem. É linda, alegre, fala palavrão, é elétrica, faz a gente chorar de rir, é
cheia de vida e de histórias pra contar! A gente definitivamente não precisa se
encaixar em um padrão pra ser feliz (ou fazer alguém feliz).
A perda de peso, o ganho de
massa muscular, uma pele viçosa, cabelos macios, unhas fortes, disposição são
reflexo da saúde, que vem com uma boa alimentação, com a prática de atividade
física prazerosa e regular, estilo de vida. De vida, não são 3 meses, não é 1
ano, são todos os anos.
Alimentação saudável, aquela
pautada na variedade de alimentos, cores e sabores, no prazer de comer, no ato
de dividir com outras pessoas demora um tempo para ser colocada em prática. Tem
altos e baixos, dias de excessos, dias de experimentar coisas diferentes, dias de
“comida normal” e não tem estação do ano ou data pra acabar.
Adorei! Parabéns Thais!
ResponderExcluirObrigada! Fico feliz!
ResponderExcluirUau!!! Muito bom.
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